Texto, fotos e comentários extraídos do facebook.
![Foto: Me senti em um parque de vaquejada!
Pois é! Esse foi o sentimento ontem ao entrar no "novo" Forró da Lua, no show de Elba Ramalho, Dominguinhos e Assum Preto. O que antes era um rancho pequeno, mas aconchegante e com todos os requintes de rusticidade que o forró pé de serra, agora tornou-se um descampado com um enorme palco, camarotes, mesas espalhadas e muita areia no chão dignos dessas "raquejadas" por aí que não suporto nem ouvir falar. Vária mulheres ficaram sem poder dançar normalmente por conta dos "afundamentos" na terra com seus saltos.
O show em si foi ótimo pelo artistas. Dominguinhos, talvez pela limitação física que passa no momento ou pelo cachê reduzido que supostamente recebe em consideração ao seu amigo Marcos Lopes (dono do local), tocou pouco - sua filha Liv Moraes deu uma canja bacana. Uma duplinha de garotos (uma sanfoneira de 12 anos e um garotinho de 9 na zabumba e com um vozerão deram show no palco). Depois Elba Ramalho cantou por quase 2h. Assum Preto eu não vi porque saí antes.
Mas o sr. Marcos Lopes, que há mais de 10 ano era o artífice da manutenção da cultura do verdadeiro forró com seu espetacular Forró da Lua, pisou muito na bola com essa reforma que durou 1 ano. A grande expectativa que tínhamos foi por água a baixo logo na chegada à estrada da Lagoa do Bonfim com um engarrafamento quilométrico. Depois com a entrada no antigo rancho, que agora é PAGO (R$ 5,00) e que ficou muito longe do acesso à festa. Nem reclamo muito da comida ter acabado logo porque sempre foi um problema crônico do lugar e que nunca estragou uma festa lá por completo.
Por fim, Marcos Lopes, que tanto trabalha para essa preservação cultural (e que eu aqui louvo em público), fez justamente o contrário: desvirtuou completamente um ambiente que tudo tinha a ver com o "Forró de verdade" que tanto levantamos a bandeira - ambiente rústico, à luz de candeeiro, palco pequeno, perto do público e sem superprodução. O antigo local continua lá com a mesma alegria e atrativo, e no começo da festa mostrou que poderia continuar atraindo e divertindo os amantes do bom "rela bucho". Forró autêntico não combina com superprodução. Seu precursor, o Rei do Baião Luiz Gonzaga, era avesso a isso. E como foi bem retratado no seu filme, ele QUERIA CANTAR PARA O POVO. E o que se viu foi uma espécie de elitização do adorado e admirado "Forró da Lua". Super produções deixem para essas bandinhas que insistem em DESTRUIR a verdadeira cultura nordestina levando um ritmo que está a léguas de ao menos parecido com forró e que é cultuado por muitos seguidores, respeitando-se os gostos.
Não gostei do que foi feito e acredito que a maioria pensa assim. Todos que foram comigo e os que encontrei desaprovaram o que fizeram com o lugar. Se Marcos Lopes queria "modernizar" o recinto e transformá-lo em superprodução, que alugasse um dos parques de Macaíba com suas 300 vaquejadas anuais e fizesse a festa. Aliás, tinha até a tal da 96FM por lá, que eu acho que nunca tocou uma música de Dominguinhos, Elba e, principalmente, de Luiz Gonzaga. Mas que adora um Grafith, um Safadão, Aviões e outros ritmos da pior qualidade possível (opinião minha). Logo essas rádios que ele tanto criticava por não dá valor à cultura nordestina.
Enfim, há mais de 10 anos eu não pisava numa vaquejada, mas ontem me senti assim - INFELIZMENTE. Repetindo: os shows foram muitos bons, mas o local perdeu sua magia que tanto me atraía. Pensarei duas vezes se irei aos próximos se usarem o novo ambiente. "Quem gosta do Forró da Lua faz barulho aê" é muito para mim... Me poupe! Me senti também até um pouco em Barretos, na festa do peão com aqueles crooners.
Desculpem o alongamento, mas tinha que falar isso de um dos poucos locais que ainda me atraía muito para sair de casa e me divertir aqui em Natal. E tenho dito!
[Carlos Henrique]](https://fbcdn-sphotos-b-a.akamaihd.net/hphotos-ak-prn1/c67.0.403.403/p403x403/44952_10200186985460372_487054277_n.jpg)
Me senti em um parque de vaquejadas!
Pois é! Esse foi o sentimento ontem ao entrar no 'novo' Forró da Lua, no show de Elba Ramalho, Dominguinhos e Assum Preto.
O que antes era um rancho pequeno, mas aconchegante e com todos os requintes de rusticidade que o forró pé de serra, agora tornou-se um descampado com um enorme palco, camarotes, mesas espalhadas e muita areia no chão dignos dessas 'raquejadas" por aí que não suporto nem ouvir falar. Várias mulheres ficaram sem poder dançar normalmente por conta dos "afundamentos" na terra com seus saltos.
O show em si foi ótimo pelo artistas. Dominguinhos, talvez pela limitação física que passa no momento ou pelo cachê reduzido que supostamente recebe em consideração ao seu amigo Marcos Lopes (dono do local), tocou pouco - sua filha Liv Moraes deu uma canja bacana. Uma duplinha de garotos (uma sanfoneira de 12 anos e um garotinho de 9 na zabumba e com um vozerão deram show no palco). Depois Elba Ramalho cantou por quase 2h. Assum Preto eu não vi porque saí antes.
Mas o sr. Marcos Lopes, que há mais de 10 anos era o artífice da manutenção da cultura do verdadeiro forró com seu espetacular Forró da Lua, pisou muito na bola com essa reforma que durou 1 ano. A grande expectativa que tínhamos foi por água a baixo logo na chegada à estrada da Lagoa do Bonfim com um engarrafamento quilométrico. Depois com a entrada no antigo rancho, que agora é PAGO (R$ 5,00) e que ficou muito longe do acesso à festa. Nem reclamo muito da comida ter acabado logo porque sempre foi um problema crônico do lugar e que nunca estragou uma festa lá por completo.
Por fim, Marcos Lopes, que tanto trabalha para essa preservação cultural (e que eu aqui louvo em público), fez justamente o contrário: desvirtuou completamente um ambiente que tudo tinha a ver com o "Forró de verdade" que tanto levantamos a bandeira - ambiente rústico, à luz de candeeiro, palco pequeno, perto do público e sem superprodução.
O antigo local continua lá com a mesma alegria e atrativo, e no começo da festa mostrou que poderia continuar atraindo e divertindo os amantes do bom "rela bucho".
Forró autêntico não combina com superprodução. Seu precursor, o Rei do Baião Luiz Gonzaga, era avesso a isso. E como foi bem retratado no seu filme, ele QUERIA CANTAR PARA O POVO.
E o que se viu foi uma espécie de elitização do adorado e admirado "Forró da Lua". Super produções deixem para essas bandinhas que insistem em DESTRUIR a verdadeira cultura nordestina levando um ritmo que está a léguas de ao menos parecido com forró e que é cultuado por muitos seguidores, respeitando-se os gostos.
Não gostei do que foi feito e acredito que a maioria pensa assim. Todos que foram comigo e os que encontrei desaprovaram o que fizeram com o lugar. Se Marcos Lopes queria "modernizar" o recinto e transformá-lo em superprodução, que alugasse um dos parques de Macaíba com suas 300 vaquejadas anuais e fizesse a festa. Aliás, tinha até a tal da 96FM por lá, que eu acho que nunca tocou uma música de Dominguinhos, Elba e, principalmente, de Luiz Gonzaga. Mas que adora um Grafith, um Safadão, Aviões e outros ritmos da pior qualidade possível (opinião minha). Logo essas rádios que ele tanto criticava por não dá valor à cultura nordestina.
Enfim, há mais de 10 anos eu não pisava numa vaquejada, mas ontem me senti assim - INFELIZMENTE. Repetindo: os shows foram muitos bons, mas o local perdeu sua magia que tanto me atraía. Pensarei duas vezes se irei aos próximos se usarem o novo ambiente. "Quem gosta do Forró da Lua faz barulho aê" é muito para mim... Me poupe! Me senti também até um pouco em Barretos, na festa do peão com aqueles crooners.
Desculpem o alongamento, mas tinha que falar isso de um dos poucos locais que ainda me atraía muito para sair de casa e me divertir aqui em Natal. E tenho dito!
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- Emerson Fonseca Parabensssss......Independente de quem escreveu, falou muito e falou bem, me parece que aquele lugar aconchegante de outrora, não mais existe. Mais uma vez parabens pelo texto !!!!!!!!!
- Eduardo Oliveira Bela Ivy! Vc tem toda razão. Eu não fui ontem, muito pelo preço cobrado o que estranhei, mas tudo bem. Sei o que vc sentiu, pois, foi assim que me senti qdo fui ao Forró do olho dágua, uma super produção voltada para o lucro. Se o problema é financeiro que se fale e não simplesmente arruíne o q tinha se construído com um belo cenário e um público fiel. Vamos no que vai ficar e ainda temos o forró do pote. Bjs.
- Cláudio Souza Ainda bem que não fui pra essa 'mulesta'. Passei em frente e vi essa total descaracterização. Só falta agora o 'forró de plástico'. Talvez Pablo do arrocha pinte por lá também.
- Ponto positivo da noite de ontem no Forró da Lua:
reencontar os amigos e dar boooooas gargalhadas.
Só isso
'acho que algumas pessoas entraram no forró da lua e não notaram que um forró pé de serra rolava naquele espaço lindo ,como de costume , a sanfona , o triangulo e o zabumba de zé barros me deixou toooda arrepiada , muita gente teve a felicidade de ver essa parte,outras foram direto pra 'RAQUEJADA' (o espaço novo ) e perdeu o melhor da festa ... Zé Barros Filho da Terra cantava : CADÊ O MEU BURRINHO ? TALÍ COMENDO ,O CAPIM DO MEU ROÇADO E O FARELO DO MERCADO / JÁ FAZ TEMPO MUITO TEMPO NÃO LE VEJO ,MEU DESEJO ERA REVER SUA PESSOA , FICO FELIZ PQ OCÊ TA BOOOA .../ PASSEI A NOITE PROCURANDO TUU .../CHEGA SER AQUILO BOM ,AQUILO BOM UHUU adoro
ResponderExcluirSinceramente, esse lindo show ( espaço cultutal) nao tem nada de decepcionante ...o cenario ficou melhor e tudo foi feito com maestria e muito carinho, pelo Empresario Marcos Lopes... Parabens Amigo.
ResponderExcluirCamarão...