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Angela Freire
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SOU UM SER HUMANO QUE DIARIAMENTE TENTA PRATICAR A REFORMA ÍNTIMA. É DIFÍCIL... MAS TENTO!
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"A EDUCAÇÃO MORAL consiste na arte de formar hábitos, uma vez que a educação é o conjunto dos 'hábitos adquiridos'" Allan Kardec

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

MÚSICA: HOMENAGEM AO POVO DO NORDESTE BRASILEIRO. Se orgulhe também em ser mais um, caro leitor e cara leitora. Paz e luz!

Maestro Jorge Antunes:
"A vida imita a arte. Por isso eu faço música engajada politicamente, em busca da justiça social."
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Com muita alegria presto aqui uma homenagem ao povo nordestino.

Recentemente foi feita crítica injusta e perversa ao povo brasileiro do Nordeste.

Mais uma vez o povo valoroso nordestino foi atacado de modo racista e discriminatório.

Em desagravo e em homenagem àqueles brasileiros, coloco no ar gratuitamente a gravação do terceiro movimento de minha SINFONIA EM CINCO MOVIMENTOS intitulado
“O Povo Brasileiro Nordestino”.

Ouçam em:
http://www.americasnet.com.br/antunes/audio/O_Povo_Brasileiro_Nordestino.mp3

Em 1999 o Ministério da Cultura do governo brasileiro empreendeu uma ação maravilhosa e raríssima: promoveu a encomenda de obras sinfônicas a compositores brasileiros. A motivação era a efeméride do ano seguinte, 2000, quando seriam celebrados os 500 anos do descobrimento do Brasil. O presidente da República era Fernando Henrique Cardoso e o Ministro da Cultura era Francisco Weffort. Mas isso não significava lucidez do governo. Weffort confessou-me, em 2000, que desconhecia totalmente a existência de compositores brasileiros de música erudita. Por trás das ações do Ministério estava alguém de vasta cultura musical e visão admirável da cultura brasileira: o embaixador Wladimir Murtinho, que assessorava o Ministro à época.

O Ministério queria escolher cinco compositores para que fossem compostas cinco obras sinfônicas homenageando o Descobrimento do Brasil. Para tanto foi nomeada uma comissão de regentes de orquestra com a incumbência de serem escolhidos os cinco compositores. A comissão de maestros foi assim constituída: Isaac Karabtchevsky, Silvio Barbato, Norton Morozowics, Osman Gioia, Diogo Pacheco, Benito Juarez e Tiago Flores. Essa comissão escolheu os seguintes compositores: Edino Krieger, Jorge Antunes, Egberto Gismonti, Almeida Prado e Ronaldo Miranda.

Quando recebi a notícia, fiquei feliz e preocupadíssimo, pois eu não via motivos para comemorar o chamado “descobrimento do Brasil”. Sempre achei que o Brasil não foi descoberto. Foi, sim, invadido. Entendo que o Brasil foi encoberto. A truculência dos invasores colonizadores encobriu e enterrou as culturas autóctones.

Para contornar meu conflito interno, resolvi escrever uma obra homenageando o povo brasileiro. Assim, compus uma Sinfonia dividida em cinco movimentos:
1- O Povo Brasileiro Índio;
2- O Povo Brasileiro Negro;
3- O Povo Brasileiro Nordestino;
4- O Povo Brasileiro em Fim de Milênio;
5- Utopia para o Povo Brasileiro.

O terceiro movimento, cujo link aqui eu indico, utiliza um tema de baião que esporadicamente é interrompido por ataques orquestrais de massas sonoras quase extemporâneas. A abertura e a coda do movimento fazem uso de sons eletrônicos, mesclados aos sons da orquestra, que nos reportam a um carro de boi: aquele mesmo do filme Vidas Secas de Nelson Pereira dos Santos.

A gravação foi feita pela Orquestra do Teatro Nacional de Brasília, sob a regência de Silvio Barbato:
http://www.americasnet.com.br/antunes/audio/O_Povo_Brasileiro_Nordestino.mp3
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Quem é Jorge Antunes

Professor titular da Universidade de Brasília-UnB desde 1973.
É maestro e compositor de reconhecimento nacional e internacional.
Seu nome é verbete nas mais importantes enciclopédias (Larousse, Grover's, etc). Precursor da música eletroacústica no Brasil e criador da "Música Cromofônica".
Antunes é Doutor em Estética pela Sorbonne.Intensa atividade cultural e política, desde os tempos de estudante no Rio de Janeiro, liderando movimentos importantes da história recente brasileira:
Greve do Um Terço (1962);
Movimento Poema-Processo (1967);
Movimento das Diretas, com sua famosa Sinfonia das Buzinas (1984);
Hino Nacional Alternativo, na Constituinte (1988).

Como administrador se projetou nos meios culturais como presidente da Ordem dos Músicos do Brasil, na primeira diretoria eleita do órgão após o fim da intervenção da ditadura militar.

Em 2002 recebeu o título de Chevalier des Arts et des Lettres, do governo francês.

É membro da Academia Brasileira de Música.

Obras publicadas pelas mais conceituadas editoras e gravadoras internacionais.

Nove livros técnicos publicados.

Presidente da Sociedade Brasileira de Música Eletroaacústica.

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